segunda-feira, 8 de março de 2010

PETROQUIMICA (QUESTIONÁRIO aula1)

PETROQUIMICA (QUESTIONÁRIO aula1)

1) Via de regra, como é organizado o setor petroquímico brasileiro?
2) Quais são os produtos de PRIMEIRA GERAÇÃO?
3) Quais os PETROQUIMICOS BÁSICOS produzidos nas unidades de craqueamento?
4) Quais os produtos da SEGUNDA GERAÇÃO ou petroquímicos intermediários?
5) Explicar o trabalho (o que fazem) os produtores da TERCEIRA GERAÇÃO.
6) Quais são os três principais pólos petroquímicos brasileiros?
7) E o quarto pólo petroquímico? Qual seria? Onde esta situado?
Quais empresas participam do mesmo? Explicar detalhadamente.
8) Qual a reação geral da petroquímica? Explicar detalhadamente. Pesquisar em livros/sites de Química Orgânica / polímeros ou petroquímica.

PETROQUÍMICA aula 1

Aos meus alunos do IFRJ

PETROQUIMICA AULA 1

O setor petroquímico transforma subprodutos de petróleo bruto, principalmente nafta ou gás natural, em bens de consumo e industriais utilizados para diversas finalidades. O setor petroquímico brasileiro é, via de regra, organizado em produtores de primeira, segunda e terceira geração com base na fase de transformação de várias matérias-primas ou insumos petroquímicos.

Produtores de Primeira Geração
Os produtores de primeira geração do Brasil, denominados “craqueadores” fracionam ou “craqueiam” a nafta, seu principal insumo, em petroquímicos básicos. As unidades de craqueamento compram nafta, que é subproduto do processo de refino de petróleo, principalmente da Petrobras, bem como de outros fornecedores localizados fora do Brasil. Os petroquímicos básicos produzidos pelas unidades de craqueamento de nafta incluem:

• olefinas, principalmente eteno, propeno e butadieno; e
• aromáticos, tais como benzeno, tolueno e xilenos.

Nós, a Copesul e a Petroquímica União operamos as três unidades de craqueamento de nafta do Brasil e vendemos esses petroquímicos básicos a produtores de segunda geração, inclusive, no nosso caso, produtores de segunda geração que integram a nossa companhia. Os petroquímicos básicos, que apresentam forma gasosa ou líquida, são primordialmente transportados às plantas dos produtores de segunda geração, em geral localizadas próximo às unidades de craqueamento de nafta, por meio de dutos, para passarem por processamento adicional.

Produtores de Segunda Geração
Os produtores de segunda geração processam os petroquímicos básicos comprados das unidades de craqueamento de nafta, produzindo petroquímicos intermediários. Esses petroquímicos intermediários incluem:

• polietileno, poliestireno e PVC (produzidos a partir do eteno);
• polipropileno e acrilonitrila (produzidos a partir do propeno);
• caprolactama (produzida a partir do benzeno); e
• polibutadieno (produzido a partir do butadieno).

Há aproximadamente 50 produtores de segunda geração operando no Brasil. Os petroquímicos intermediários são produzidos na forma sólida em péletes de plástico ou em pó e são transportados primordialmente por caminhão a produtores de terceira geração que, em geral, não ficam situados próximo aos produtores de segunda geração. Nós somos, atualmente, a única empresa petroquímica integrada de primeira e segunda geração do Brasil.

Produtores de Terceira Geração
Os produtores de terceira geração, denominados transformadores, compram os petroquímicos intermediários de produtores de segunda geração e os transformam em produtos finais, incluindo:

• plásticos (produzidos a partir de polietileno, polipropileno e PVC);
• fibras acrílicas (produzidas a partir de acrilonitrila);
• nylon (produzido a partir de caprolactama);
• elastômeros (produzidos a partir de butadieno); e
• embalagens descartáveis (produzidas a partir de poliestireno).

Os produtores de terceira geração fabricam vários bens de consumo e industriais, inclusive recipientes e materiais de embalagem, tais como sacos, filme e garrafas, tecidos, detergentes, tintas, autopeças, brinquedos e bens de consumo eletrônicos. Existem mais de 6.000 produtores de terceira geração operando no Brasil.

Pólos Petroquímicos
A produção de petroquímicos de primeira e segunda geração no Brasil concentra-se ao redor de três pólos petroquímicos principais. São eles:

• Pólo Petroquímico de Camaçari, localizado em Camaçari no Estado da Bahia, onde nós operamos a unidade de craqueamento de nafta;
• Pólo Petroquímico de São Paulo, localizado em Capuava, no Estado de São Paulo ou Pólo Petroquímico de São Paulo, onde a Petroquímica União opera a unidade de craqueamento de nafta; e
• Pólo Petroquímico de Triunfo, localizado em Triunfo, no Estado do Rio Grande do Sul, onde a Copesul opera a unidade de craqueamento de nafta.

Cada pólo petroquímico tem um único produtor de primeira geração, também chamado “centro de matérias-primas”, e vários produtores de segunda geração que compram insumos do centro de matérias-primas.

O Pólo Petroquímico de Camaçari iniciou suas atividades em 1978. O Pólo Petroquímico de Camaçari consiste de 28 produtores de segunda geração situados ao redor do centro de matérias-primas operado por nós. Em 31 de dezembro de 2003, o nosso centro de matérias-primas apresentava capacidade de produção anual de eteno de 1.280.000 toneladas, que, segundo nossa estimativa, respondeu por aproximadamente 44% da capacidade de produção de eteno do Brasil.

O Pólo Petroquímico de São Paulo, o mais antigo pólo petroquímico do Brasil, iniciou suas atividades em 1968. A Petroquímica União é o centro de matérias-primas desse pólo petroquímico, fornecendo petroquímicos de primeira geração a 11 produtores de segunda geração, inclusive a nossa companhia. Em 31 de dezembro de 2003, a Petroquímica União apresentava capacidade de produção anual de eteno de 500.000 toneladas.

O Pólo Petroquímico de Triunfo iniciou suas atividades em 1982. A Copesul, na qual nós detemos participação societária de 29,5%, é o centro de matérias-primas desse Pólo, fornecendo petroquímicos de primeira geração a seis produtores de segunda geração, inclusive a nossa unidade de negócio de poliolefinas. Em 31 de dezembro de 2003, a Copesul apresentava capacidade de produção anual de eteno de 1.135.000 toneladas.

Um quarto pólo petroquímico está sendo construído atualmente em Duque de Caxias, no Estado do Rio de Janeiro. A Rio Polímeros, empresa petroquímica brasileira, servirá como unidade de craqueamento de nafta do novo pólo petroquímico e anunciou que o novo pólo petroquímico será produtor integrado de primeira e segunda geração com capacidade de produção anual de 520.000 toneladas de eteno, 75.000 toneladas de propeno e 540.000 toneladas de polietileno de baixa densidade linear e polietileno de alta densidade. Essa planta usará gás natural como insumo, tendo a Rio Polímeros anunciado que, segundo espera, o pólo iniciará atividades em dezembro de 2004.


Papel da Petrobras

Anteriormente a 1995, a Constituição do Brasil concedia ao governo brasileiro um monopólio, exercido por intermédio da Petrobras, sobre a pesquisa, exploração, produção, refino, importação e transporte de petróleo bruto e produtos de petróleo refinado (com exclusão de produtos petroquímicos) no Brasil. A Constituição Federal também previa que subprodutos do processo de refino, tais como a nafta, poderiam ser fornecidos no Brasil somente pela Petrobras ou por seu intermédio. A nafta é o principal insumo utilizado no Brasil para produção de petroquímicos básicos, tais como eteno e propeno. Em 1995, a Constituição Federal foi alterada para permitir que as atividades de petróleo e relacionadas a petróleo fossem realizadas por empresas privadas, por meio de concessão ou autorização do governo brasileiro. Desde 1995, o governo brasileiro tomou várias medidas para liberalizar o setor petroquímico do Brasil.

Em 1997, a Lei nº 9.478/97 regulamentou a Emenda Constitucional de 1995 por meio da criação do Conselho Nacional de Política Energética e da Agência Nacional de Petróleo, encarregados de regulamentar e fiscalizar o setor petrolífero e o setor de energia brasileiro. Subseqüentemente à criação da Agência Nacional de Petróleo, foram introduzidas novas regras e regulamentos destinados a gradualmente eliminar o monopólio da Petrobras. Desde 1997, produtores de primeira geração, inclusive a nossa companhia, vêm importando nafta de empresas comerciais exportadoras e de produtores de petróleo e de gás do exterior.

Em 2003, a Petrobras produziu e vendeu aproximadamente 70% da nafta consumida no Brasil, tendo a Copesul e a nossa companhia importado, em conjunto, o restante.